quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Rodas é obrigado a liberar equipamento de som de Show Protesto


Após pressão dos estudantes, e apoio jurídico de advogados ligados ao movimento estudantil e do Centro Acadêmico XI de Agosto (da Faculdade de Direito), o Reitor Rodas foi obrigado a recuar e teve de deixar entrar o equipamento de som do Show Protesto.

Trata-se de uma importante vitória dos estudantes em defesa das liberdades democráticas contra a repressão e o autoritarismo de Rodas.

Todos ao GRANDE SHOW PROTESTO hoje às 21h na Cidade Universitária!

Começa a Calourada Unificada da USP. Hoje tem Show Protesto!


Hoje, dia 29/02, é o dia da Calourada Unificada na USP. Apesar dos conflitos e restrições impostas pelo reitor Rodas em relação ao Show Protesto, outras atividades estão ocorrendo. É o caso da atividade realizada nessa manhã: 2002-2012 A luta dos estudantes da USP



Calouros de diversas unidades como FAU, FFLCH, ECA e Física participaram da atividade que teve concentração no vão do prédio dos cursos de História e Geografia. Em seguida, foram divididos grupos que percorreram os espaços de conflito da Cidade Universitária, como unidades onde festas estão sendo proibidas e espaços estudantis ameaçados ou já retirados.



Ainda hoje devem ocorrer debates, uma apresentação teatral às 17h na FAU e o Show Protesto a partir das 22h.

Participe!

SHOW VAI ACONTECER!

Mesmo com as restrições impostas por Rodas, o Show Protesto irá acontecer! Venham!

RODAS PROÍBE SHOW PROTESTO


Hoje, 29/02, é o dia de realização do Show Protesto, uma manifestação política democrática que faz parte da greve dos estudantes da USP. No entanto, o reitor Rodas proibiu qualquer entrada de veículos com equipamentos de som ou qualquer tipo de estrutura (como banheiros químicos) de entrarem na universidade. 

Hoje de manhã, por volta das 11h, um caminhão com banheiros químicos foi proibido de entrar na Cidade Universitária.

Segundo os guardas universitários que estão no portões “a ordem é proibir qualquer caminhão com algo relacionado à “festa” de hoje à noite”.

O que está ocorrendo desde ontem na USP nunca ocorreu antes. Caminhões sempre entraram e festas sempre foram realizadas.

Resposta ao comunicado da Reitoria sobre o Show Protesto


29/02/2012  10h30

Em resposta ao comunicado oficial da reitoria divulgado em 28 de fevereiro de 2012 (http://www.usp.br/imprensa/?p=18520 ), o movimento estudantil da USP vem por meio desta nota esclarecer que:

1. Ao contrário do que a nota da reitoria sugere, o Comando de Greve dos estudantes da USP não se “autodenominou”. Ele é a instância atual de organização do movimento estudantil, constituído em Assembleia Geral com mais de 3 mil estudantes, contando com mais de 100 delegados eleitos em quase todos os cursos da USP.

2. O Movimento estudantil da USP encontra-se em greve desde de 08 de novembro de 2011, tendo como pauta os seguintes eixos:

- Pelo fim do convênio USP-PM! “Fora PM!” Submetido a isso, um plano alternativo de segurança!

- Fim dos processos e perseguições contra estudantes, professores e funcionários!

- Não à criminalização dos 73 presos políticos!

- “Fora Rodas!” Por uma estatuinte soberana já!


3. Os protestos que acontecerão hoje o dia todo, incluindo a Festa-protesto que começa a partir das 21horas, são, portanto, atividades de greve realizadas em explícita oposição à atual gestão do Reitor João Grandino Rodas, considerado por nós ilegítimo e autoritário. Mas apesar de críticas, as atividades de hoje são intrinsecamente políticas, ou seja, o ato será totalmente pacífico, o que significa que a orientação do movimento estudantil é para que os estudantes não aceitem provocações de policiais e guardas universitários infiltrados, como tem sido a regra nos nossos atos e atividades e como demonstram fotos já divulgadas.

Atenciosamente,

Comando de Greve dos Estudantes da USP

Show Protesto 29/02 21h Praça Relógio USP


AMANHÃ 29/02 SHOW PROTESTO COM CERVEJA


Se o Reitor Rodas pensa que, proibindo a entrada de cerveja na Cidade Universitária, conseguirá impedir a realização do Show Protesto , nós estudantes eM greve respondemos em alto e bom som:

AMANHÃ SHOW PROTESTO NA CIDADE UNIVERSITÁRIA!

VENDA DE CERVEJA GARANTIDA!

A PARTIR DAS 21H NA PRAÇA DO RELÓGIO


Confirme sua presença no Facebook:


http://www.facebook.com/events/268939063176200/

Atenção: chegar até às 20h. Após esse horário a entrada é controlada.

Relato sobre a prisão dos 4 calouros da USP

1. por volta das 19h, quando eu cheguei, havia um esquema de guerra montado no portão principal para vistoriar os carros suspeitos de trazer cerveja para dentro da USP. Vi a guarda com lanterna olhando os carros que passavam;

2. Andei pelo campus com dois amigos, para colar cartazes para o lançamento do Manifesto pela democratização da USP (sádica coincidência) e foi muito difícil colar cartazes. Havia muita polícia por toda a USP e muita guarda universitária, principalmente no CRUSP. Lá não conseguimos colar nenhum cartaz porque os guardas estavam nos seguindo.

3. O clima estava horrível quando, indo embora, vimos uma cena que a princípio me parecia três estudantes algemados. Na verdade eram 4. Seguimos para a 14a. DP - Pinheiros, onde eles foram encaminhados e descobrimos que se tratava de 4 calouros: 1 da Física, 1 da Ciências Sociais, 2 da FAU. O clima era PÉSSIMO. O pai de um deles apoiava a PM e quando sentiu que estávamos questionando a ação da PM, logo se "revoltou contra nós". Questionamos o delegado sobre a forma como eles foram abordados: segundo eles mesmos, eles estavam saindo do estacionamento de carro e na altura da casa de cultura japonesa foram abordados por uma viatura e três motos da ROCAM que os fizeram parar e descer do carro. No veículo foi encontrado o que os guardas consideram "vestígio de droga". Parece que a quantidade era tão pequena que eles mal podiam ser considerados usuários. O próprio delegado disse que o procedimento de abordagem era complicado, mas que só os alunos envolvidos poderiam dar queixa contra a PM (lembrando que o delegado é da polícia civil e os alunos foram presos pela polícia militar). Enquanto conversávamos, o soldado que os abordou (que era da PM) pediu a carteirinha USP dos 4. Sugerimos que eles não dessem e o advogado que estava conosco (aluno da USP tb) questionou o procedimento. Em vão porque o pai de um deles e o advogado constituído os orientou a "colaborar" e quase pediu que nos retirássemos. Foi uma situação tensa e desconfortável. Em tese, apenas o dono do veículo deveria assinar o termo circunstanciado como usuário, mas pelo que entendemos, todos os que estavam no carro seriam enquadrados tb. Tentamos questionar isso tb, mas de novo, em vão porque a situação na delegacia era tensa.

Não sei o nome dos alunos e mesmo que soubesse não divulgaria. Eles estavam muito abatidos, com medo das consequências disso na própria USP. Nós os acalmamos dizendo que não teria qualquer consequência, mas no fundo estava inquieta com o fato deles terem sido fichados tb pelo número USP.

Para além de toda a situação política absurda: a PM abordando estudantes de forma absolutamente gratuita e os levando para a delegacia por "indício" de droga, nos deparamos também com a dimensão humana dessa situação: os alunos que esperam entrar na Universidade como um espaço de liberdade, se deparam com a face perversa da repressão e com as consequências pessoais disso: o medo, a humilhação, a afirmação da dependência familiar, a intimidação e o preconceito. Acreditamos que eles foram parados porque eram quatro homens dentro do carro e um deles usava rastafari.

Essa é a USP! Amanhã, certamente teremos problemas na festa da calourada unificada. A universidade está cheia de polícia, o Rodas quer briga e os estudantes estão completamente oprimidos e revoltados. Vai ser uma situação complexa!
 

PM prende 4 calouros dentro da USP

Durante esta noite, dia 28/02, por volta das 23h, a PM prendeu 4 calouros da USP próximo à Casa de Cultura Japonesa na Cidade Universitária: 1 do curso de Ciências Sociais, 2 da FAU e 1 da Física. Na delegacia, eles foram obrigados a fornecerem a carteirinha com o número USP.


Segundo relatos, eles foram "enquadrados" por uma viatura, três motos e duas bases móveis. Estariam detidos na 14º DP em Pinheiros-SP. Trata-se de mais um ataque aos estudantes, agora até aos que acabaram de chegar à universidade.

Veja vídeo do momento em que os estudantes foram presos:



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

NOTA DO MTST SOBRE A REINTEGRAÇÃO DE POSSE NO CRUSP

O MTST se solidariza aos estudantes despejados de forma truculenta pela
polícia militar da moradia estudantil da USP. Diariamente sentimos na pele o
que representam os despejos e apolítica de criminalização adotada pelo
Estado e intensificada no último período pelo governo estadual de São Paulo.
Temos a clareza de que nossa luta é uma só. Os companheiros podem contar
conosco para a retomada deste espaço aos estudantes, assim como contamos com
vocês na resistência aos despejos de comunidades que estão previstos para o
próximo período. A barbárie desconhece limites e nossa luta p recisa ser
unificada para poder resistir a ela. Saudações do MTST. A luta é pra valer!

MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto

Fraude em reintegração de posse no CRUSP


FRAUDE NA USP: lacres judiciais que selavam as portas dos quartos da "Moradia Retomada" foram clandestinamente violados. "Moradia Retomada" foi o nome dado ao espaço ocupado desde março de 2010 por estudantes que reivindicam mais vagas de moradia pública para estudantes carentes da Universidade de São Paulo - USP. Embora o espaço pertença ao Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo - CRUSP, era usado para funcionamento de salas da burocracia da Coordenadoria de Assistência Social - COSEAS até ser ocupado pelos estudantes. A ocupação faria dois anos em março de 2012. No CRUSP, de 1963 a hoje, nenhuma vaga foi cedida, nenhum bloco de moradia construído, nenhuma vaga aumentada sem que se apelasse para o recurso de ocupação. Todas as vagas existentes são provenientes de ocupações estudantis. A história do CRUSP é uma história de ocupações.

Após centenas de educados e gentis brutamontes da Tropa de Choque surpreender os poucos moradores que não viajaram, eles levaram presos doze estudantes, sendo oito de graduação, um de pós graduação, outro de intercâmbio, uma hóspede, uma visitante adolescente e um cachorro. A situação poderia ter sido resolvida com diálogo e negociação, mas nesse carnaval a Reitoria da universidade preferiu mobilizar o cinza monocromático do bloco CarnaCHOQUE, patrocinado pelo truculento Governo do Estado de São Paulo, para nos acordar com tiros, cacetetes e bloqueios, na escuridão da madrugada silenciosa. É o carnaval da ordem, é o anti-carnaval, velha onda da repressão, te impedindo de sair de casa no domingo ensolarado ou te obrigando a voltar para ela. A Tropa de Choque, invadiu o CRUSP irregularmente, atirou contra estudantes, quebrando vidros do Bloco F, obrigou estudantes da pós graduação do Bloco G a abrirem as portas dos seus apartamentos e saírem, ainda de camisola e de cueca para o corredor. Assim, de supetão, sem licença, sem mandato, invade e revista a casa, o quarto, a sala, o espaço onde se mora para estudar. Reitegração de Posse não pode ocorrer de noite, nem de fim de semana, nem sem mandato. Entrada e Revista em casa, apartamento, espaço residencial não pode ocorrer sem mandato de busca e apreensão específico e oficial de justiça. Lacre judicial só pode ser retirado por perícia policial designada. A violação de lacre judicial constitui crime previsto no código penal. Esperamos que essa banda-bando passe logo e não volte mais. Mas ao que parece o carnaval da ordem pela violência chegou para ficar. É o CarnaCHOQUE aí gente!

Reitor Rodas proíbe entrada de caminhões com cerveja na USP


Hoje, 28/02, diversos estudantes membros de Centros Acadêmicos e do Comando de Greve da USP se surpreenderam com a notícia de que caminhões com carregamento de cerveja estão sendo barrados pela Guarda Universitária entre 28/02 e amanhã 29/02 no Portão 2 da universidade.



Diariamente, inúmeros caminhões entram pela universidade por meio do portão 2 sem qualquer necessidade de autorização ou qualquer tipo de abordagem por parte da guarda universitária.



No entanto, durante a semana da recepção dos calouros, e, principalmente, no dia que antecede a Calourada Unificada, o reitor ataca mais uma vez os estudantes tentando impedir a realização de festas e manifestações políticas e culturais.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cidade Universitária amanhece vermelha em defesa da greve!

Hoje, 27/02, primeiro dia da Calourada da USP, a Cidade Universitária amanheceu vermelha. Foram colados inúmeros cartazes do Comando de Greve dos Estudantes da USP pelo campus.

O objetivo do cartaz é divulgar os eixos da greve, o blog USPemGreve e a Assembleia Geral que ocorrerá no dia 08/03.

Divulgue!



Apresentação Teatral Piratas de Galochas

Navegando pelas marés paulistanas, em busca de uma nova terra aonde possam praticar seus saques, espancamentos, raposeiras e toda uma sorte de ardilezas, comandados pelo Capitão Willy William Will O' Well, a tripulação do navio Kuttel Daddel Du III encontra uma terra praticamente inóspita e insalobre, com as condições perfeitas para a consolidação de Providence, a Federação dos Piratas: o Paço Abandonado das Artes da USP!

Ancorados em terra os piratas afirmam a sua condição de ocupantes de um espaço abandonado, sem função social ou vivência artística, mas cuidado, as ameaças são constantes e moram logo ao lado. O amado Rei George e toda a sua força bélica, naval e britânica não espera até o seu chá das cinco esfriar: representado pelo temido Capitão Wood Rogers da Marinha Inglesa e toda uma corja de corsários investirá impiedosamente contra a ocupação e os bucaneiros para retomar a terra que se diz de seu domínio e construir um projeto milionário com fins comerciais.

Quinta-feira, 1º de março, às 19h no Paço das Artes.

Como de costume venham com roupas confortáveis e sapatos para a caminhada.

Confirme sua presença no Facebook:

Polícia para quem precisa



domingo, 26 de fevereiro de 2012

Nesta segunda-feira, 27/02, distribuição do jornal USPemGreve no bandejão


No primeiro dia da calourada, às 12h, o Comando de Greve dos Estudantes da USP realizará a distribuição do jornal USPemGreve em todos os restaurantes universitários (bandejão) do campus Butantã.



Caso queira ajudar na distribuição, basta aparecer no horário previsto. Participe!

Participe dos debates da Calourada Unificada 2012


No dia 29 de fevereiro, durante a Calourada Unificada 2012 dos Estudantes da USP, serão realizados dois importantes debates. O primeiro debate Repressão e PM: Ditadura e hoje, ocorrerá às 14h no prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Já o segundo, O levante mundial da juventude, acontecerá às 19h30 no prédio dos cursos de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).





Confirme sua presença no Facebook:

Debate Repressão e PM: Ditadura e hoje

Debate O levante mundial da juventude

Participe!

Relato de como a Moradia Retomada foi desocupada



Uma operação de guerra
O REItor Rodas enviou novamente à USP os seus apoiadores mais dedicados, a Tropa de Choque da PM. Eles invadiram o CRUSP, assím como na desocupação da reitoria, só que dessa vez para prender os estudantes que residiam na Moradia Retomada. O reitor esperou de forma covarde o momento em que o CRUSP estivesse vazio e num Domingo de Carnaval, às 5 horas da madrugada, mais de 200 policiais fortemente armados, com vários carros blindados, dezenas de viaturas e um helicóptero cercaram o CRUSP. Até um batalhão de cavalaria ficou estacionado no P1 aguardando ordens para agir. Um enxame de policiais se aproximou do Bloco G e arrombou a porta da Moradia Retomada, sem darem a possibilidade de que os moradores saíssem, um procedimento que seria padrão em operações de reintegração de posse. Não! A ordem era prender todos, identificá-los e ficha-los para que possam sofrer processos criminais e administrativos. Os policiais nos enfileiraram na sala e nos obrigaram a entregar o RG e a carteirinha da USP, numa clara tentativa de achar não-estudantes e classificar nosso movimento para a imprensa, como algo estranho a Universidade. O que não conseguiram, já que dos 12 estudantes detidos, apenas 3 não eram estudantes da USP, sendo duas delas visitantes e outra, namorada de um morador. Nada do que não se veja em qualquer moradia estudantil. 


Os moradores do CRUSP são vistos como inimigos
No Bloco G, vários andares vizinhos da Moradia foram revistado por policiais, que obrigaram os moradores a saírem de seus quartos, alguns até com roupas íntimas, para que seus quartos pudessem ser revistados na busca por algum estudante subversivo ou máquina filmadora que contenham imagens da ação policial. As portarias de alguns blocos foram bloqueadas pela polícia para impedir que os moradores descessem. No Bloco F, vários moradores tentaram protestar contra o fato de que o CRUSP mais uma vez foi transformado em um presídio a céu aberto e arremessaram lixos pelas janelas. A Tropa de Choque respondeu atirando balas de borracha e janelas de uma cozinha foram estilhaçadas.
Um fato marcante na operação foi a presença do Superitendente da Coseas Waldir Antônio Jorge, o braço direito do líder supremo e que toma conta do nosso campo de concentração chamado CRUSP. Outra que marcou presença na operação foi a “assistente social” Marília Zallaf. Esses puxa-saco do Rodas só não apanharam dos moradores porque se esconderam atrás do cordão de isolamento da polícia.


A mentira do comandante da PM
Durante a detenção na Moradia, o comandante da polícia mentiu ao nos dizer que seriamos liberados assim que nos identificássemos. Entretanto, pegaram os documentos de todos e anunciaram que seriamos levados em um ônibus para a delegacia. Ao serem questionados, os policiais se negaram a ler a ordem judicial e arrastaram alguns moradores até o ônibus de forma truculenta, inclusive uma garota grávida de 6 meses, enquanto a arrastavam tapavam sua barriga com lençol na tentativa de esconder tal trubalidade. Até o cão Bôbo, que é o mascote da Moradia, foi preso. Veja novo video no youtube bit.ly/yWt3qE, que monstra a arbitrariedade das prisões.
Dentro do ônibus, os policiais fecharam todas as janelas e cortinas para impedir que os cruspianos vissem-nos presos. Uma estudante abriu as cortinas e foi agredida por policiais que apertaram sua nuca e seus braços. Vários estudantes se colocaram na frente do ônibus para impedi-lo de passar e só foram removidos com a ação da tropa de choque.


Na delegacia
Ao chegarmos à delegacia, uma estudante perguntou ao delegado para aonde estávamos sendo levados. O delegado falou que nós iríamos conhecer “Auschwitz”. Ficamos num primeiro momento detidos no pátio de Inverno da delegacia e fomos sendo chamados um a um para prestar depoimento. E ao se negarmos falar sem a presença de um advogado, o que é um direito constitucional, tentaram nos intimidar de várias formas. Uma estudante negra do curso de letras foi chamada de moradora de rua e analfabeta, dando a entender que seria estranho uma negra ser estudante da USP. Outra estudante do curso de filosofia foi chamada de vaca suja. Um estudante colombiano da pós-graduação foi chamado de filho-da-puta e foi dito que aqui não era o seu país, enquanto era chacoalhado pelo delegado, assim como foi feito com um estudante chileno de arquitetura. Essa é a internacionalização que a USP pretende fazer... a internacionalização da repressão?


Dentro das celas
Depois disso, o delegado nos mandou para as celas da delegacia. Fomos separados por sexo e a menor de idade também ficou presa numa terceira cela, configurando-se assim, mais uma aberração jurídica! A cela tinha cerca de 1,5m por 2m e estavam em condições degradantes. O chão estava sujo de urina, a latrina transbordava fezes, as paredes estavam sujas de sangue e um cheiro forte de creolina subia do chão. Somando-se isso ao calor insuportável do ambiente, era quase impossível se respirar! Muitos não conseguiram nem se sentar e passaram mal! Fomos tratados que nem lixo e guardaremos isso pelo resto de nossas vidas. Ficamos lá por cerca de 10 horas, o que para nós durou uma eternidade... Em meio a essa situação, estava a estudante grávida que passou mal e chegou inclusive a desmaiar e só foi tirada da prisão e levada para um hospital, depois de gritos de socorro.
Estudantes e trabalhadores solidários a nossa situação se aglomeraram do lado de fora da delegacia e compraram comida, já que não comiamos nada desde o dia anterior e tiveram muita dificuldade para que o delegado deixasse nos entregar. Nossa advogada chegou a tarde e teve grandes dificuldades para conseguir falar conosco, pois, os policiais não queriam nem mesmo abrir as portas da celas, o que só foi conseguido depois de um escarcéu que a mesma fez na delegacia. 


As agressões até o IML e mais constrangimento
De tarde, começaram a chegar alguns veículos de imprensa na delegacia e o delegado, que já tinha até falado em nos deixar presos durante o carnaval, com receio da má repercussão do caso, resolveu agilizar a nossa situação e nos imputou uma fiança de um terço de um salário mínimo, por pessoa (cerca de R$2.400,00 no total) e nos encaminhou para o IML, para fazermos o exame de corpo de delito. Fomos transportados nos bagageiros dos camburões da polícia e no caminho, começaram um tipo de tortura utilizado pela PM, que é fazer zigue-zagues com o veículo para que batêssemos a cabeça e ralássemos nossas costas nos escudos da tropa de choque, pois não tínhamos aonde nos segurar. Também faziam comentários do tipo “se pudesse, botava todo mundo em fila e metia fogo”.
No IML, as mulheres foram submetidas a outra situação humilhante. Só havia um médico legista homem, que as obrigou a tirar toda a roupa, inclusive a calcinha, sob a ameaça de que voltariam todas para a cadeia caso se recusassem. Um procedimento desnecessário, uma vez que as mesmas haviam dito que não haviam machucados nessas partes, assím como ocorreu na prisão da ocupação da reitoria quando as presas foram examinadas por uma médica e não precisaram tirar toda a roupa. 
Depois disso, voltamos para as celas imundas e fomos soltos só no final da tarde, após nos ficharem e assinarmos o alvará de soltura. A fiança foi paga pela Amorcrusp, por Centros Acadêmicos e sindicatos que se solidarizaram com a nossa situação.


O depois
Após esse dia de terror, nos deparamos com a situação de não termos mais uma moradia e tivemos que contar com a solidariedade de moradores do CRUSP que estão nos abrigando como hóspedes. Nossos bens estão até hoje presos dentro da Moradia e muitos estudantes estão apenas com a roupa do corpo. Conhecendo as medidas de perseguição e repressão existe a possibilidade iminente do processo criminal ser levado adiante assim como sermos expulsos da universidade. Os estudantes estrangeiros correm o sério risco de serem deportados para seus países. O próprio Waldir, em uma reunião com a Amorcrusp nessa sexta-feira, disse que todos sofrerão processos administrativos e provavelmente serão expulsos da Universidade. Este é o tratamento dado por este orgão que ao contrário de expulsar deveria estar cuidadando do alojamento destes estudantes, que justamente somente viviam la por não terem recebido sua vaga, e que agora estão na rua.
É esse o tipo de tratamento que uma Universidade pública que se diz democrática deve dar a estudantes que não têm um lugar para morar enquanto fazem o seu curso? Quem serão as próximas vítimas?


- Chega de repressão e perseguição política!
- Greve Geral na USP!
- Fora PM! Fora Waldir! Fora Rodas!
- Abaixo os processos, as prisões e expulsões na Universidade!
- Pela devolução da Moradia Retomada e dos Blocos K e L para os estudantes!
Movimento de luta por permanência estudantil – Moradia Retomada

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Ata da reunião do Comando de Greve – 24/02/2012

Confira as deliberações da reunião do Comando de Greve Geral dos Estudantes da USP realizada no dia 24 de fevereiro na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. A reunião contou com a presença de 74 delegados.
Deliberações:
1. Moradia Retomada
- indicativo para a próxima Assembleia Geral de incorporação do eixo politico contra as 12 processados devido a reintegração de posse da Moradia Retomada;
- indicativo para a próxima Assembleia Geral de incorporação ao acampamento  no CRUSP;
2. Calourada Unificada
- arrastão na terça-feira, 28/02, terá concentração às 12h na Letras. Foram tirados 3 responsáveis por esta atividade: Jasmin, Leticia e Rafael.
- panfletagem do jornal USP em Greve 1 no dia 27/02 às 12h no Bandejão Central;
3. Show protesto
- Segurança do show sera feita por uma comissão mista de estudantes e profissionais contratados;
- Limpeza do show sera feita por uma comissão mista de estudantes e profissionais contratados;
- Somente 3 membros da Comissão de Cultura, já deliberados, realizarão as falas políticas durante o Show.
4. Calourada dos cursos
- Referendada a estudante Jessica que representará o Comando de Greve em debate da calourada da Letras;
- Comando de Greve sera representado no Debate da Calourada da pós graduação pelos delegados Alexandre (debatedor) e Rodrigo (Mediador);
5. Outros
- Aprovada nota contra a alteração nos circulares;
- Panfleto dedicado ao CRUSP convocando o ato no bandejão no dia da calourada unificada. Responsável: Carioca;
- Incorporação à atividade da Historia de pixação nos muros da Moradia Retomada;
- 5 delegados foram eleitos como responsáveis pela colagem de cartazes;
- O delegado da Letras, Pardal, representará o Comando de Greve no lugar da delegada Bia, na Calourada Unificada da UEL;
Indicativo da próxima reunião do Comando de Greve: 09/03 às 18h30 na FAU

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Prestação de contas - 10/02 a 16/02

Confira a prestação de contas da Campanha Financeira entre os dias 10/02 a 16/02:



Ainda dá tempo de contribuir com a Calourada Unificada 2012! 


Doe já R$ 10, R$ 20, R$50 ou 100 reais!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Amanhã, dia 24/02, ocorrerá reunião do Comando de Greve

Nesta sexta-feira, dia 24 de fevereiro, às 18h30 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), ocorrerá uma nova reunião do Comando de Greve Geral dos Estudantes da USP. 



Trata-se da primeira reunião após a reintegração de posse no CRUSP, que culminou na prisão de 12 estudantes, e após o anúncio do BUSP, ônibus restrito aos que possuírem algum vínculo direto com a universidade. 

Também é a reunião que antecede a Calourada Unificada 2012

Por isso, convoque os delegados do seu curso e não deixe de participar da reunião!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Professor Luiz Renato Martins repudia a prisão dos 12 estudantes do CRUSP

Professor Luiz Renato Martins, da Escola de Comunicação e Artes (ECA), fala sobre a desocupação do CRUSP pela Tropa de Choque no sábado de Carnaval



domingo, 19 de fevereiro de 2012

Estudantes presos são liberados após pagamento de fiança de R$ 2500

Os 12 estudantes presos que ocupavam a Moradia Retomada, parte da moradia estudantil na USP, foram liberados após pagamento de fiança de R$ 2500.

DOMINGO DE CARNAVAL


Vídeos da PM na USP - Reintegração de posse no CRUSP



 Mais fotos e vídeos no Facebook www.facebook.com/uspgreve

Novos ônibus da USP


PM NA USP 19.02.2012 - 12 ESTUDANTES PRESOS







TROPA DE CHOQUE PRENDE 12 ESTUDANTES DA MORADIA RETOMADA

Hoje, por volta das 5h, a Tropa de Choque entrou na USP e fez a reintegração de posse da Moradia Retomada. Sabemos, por enquanto, que 12 estudantes foram presos e levados ao 14º DP em Pinheiros-SP.


Imagem da PM na USP hoje 19 de fevereiro




ABAIXO A REPRESSÃO!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Grande Show Protesto Calourada Unificada 2012


Grande Show Protesto na Cidade Universitária

Arrigo Barnabé, BNegão, Isca de Polícia, Patife Band e Tulipa Ruiz

se apresentarão no dia 29 de fevereiro de 2012, a partir das 22h, em um show histórico na Cidade Universitária em apoio à luta dos estudantes da USP.






O show será aberto e gratuito. Todos estão convidados!

A cerveja terá custo camarada e todo o dinheiro arrecadado será revertido para o movimento.

Confirme sua presença no Facebook:


Divulgue e compareça!

Arrigo Barnabé

























Isca de Polícia













Patife Band










Tulipa Ruiz












Atenção:

A Cidade Universitária está localizada próxima à estação de metrô Butantã (linha amarela). Os portões ficam abertos até às 20h. Após esse horário, o acesso é controlado.